Meu Novo Cotidiano

Em eterna metamorfose, jornalista, professora de inglês e série-maníaca à procura de seu lugar no mundo. Por ora, aqui, me preparando para o maior desafio de todos: ser mãe!

quarta-feira, março 23, 2005

IRONIAS FINAS DO DESTINO

Não sei se vocês sabem, mas eu sou ciumenta para caramba. Daqueles ciúmes de doer, apertar o coração e me deixar à beira de um ataque de nervos. Mas não, nunca cometi um ato insano, nunca (??) dei um bafón, nunca fiz ninguém passar vergonha. O ciúmes vem, me consome, me destrói, ás vezes passo para frente e brigo um pouco com o Juliano, mas na maioria daz vezes engulo como se fossem espinhos ardidos.
Morando em Ribeirão, os motivos do lado de cá são mais constantes... Ás vezes sinto por essa desigualdade, ás vezes agradeço por não estar em Rio Preto pois não sei como seria a reação dele. Enfim, não há muito o que fazer além de uma terapia intensiva...
Mas, o destino e suas artimanhas me fizeram ficar frente à frente com meus piores instintos. Estou DOIDA atrás de alguém para vender anúncios. Um amigo meu me indicou uma amiga, falei com ela via messenger, gente fina para caramba. Marcamos um encontro no escritório. Chegando lá, depois de alguns minutos de bom papo (fui mesmo com a cara dela), meu radar supersônico identificou na horaaaaaaaaaaaa que era uma ex ficante do Juliano. Isso porque eu a vi UMA vez, de cabelos compridos - agora estão curtinhos. Gelei, o sorriso morreu na minha boca, mas disfarcei e bola para frente.
Não é a primeira vez que algo semelhante me ocorre. A Vera, uma das minhas melhores amigas, namorou meu first boyfriend numa das idas de tantas vindas. Um dia ela me pegou de jeito e nos tornamos Amigas, com A maiúsculo. Anos atrás, num cursinho, me aproximei duma menina bacana, minha única amiga da classe. Após algumas semanas descobri no meio dum papo que ela tinha me corneado GOSTOSO.
Voltando ao presente e passado o susto, me pergunto: Quantas meninas bacanas eu deixei de conhecer por causa de um sentimento tão primitivo?

terça-feira, março 22, 2005

COMO ASSIM?

Gente, o que dizer de uma pessoa que se derrama de tanto chorar no paredão do BBB??? Patéticoooooooooo. Mas chorei horrores, estou com saudade da Pink já. Hahaha, sou ridícula mas me adooooooooro.

segunda-feira, março 21, 2005

VERMELHO

Não fui a lugar algum, como previsto. O motivo é um só: entrei no vermelho! Pela primeira vez na vida fiquei negativa no banco e não tenho outra alternativa a não ser gritar socorrooooooooooo!
De repente me vi dentro de um negócio com proporções maiores do que eu pensava, estou com muito medo de fracassar e ao mesmo tempo com certeza de que vai dar certo.
Ao som do Cazuza, tomando uma cevinha gelada, estou vivendo MINHA vida em Ribeirão Preto, lugar que EU escolhi para morar. Ontem fui ao teatro sozinha e, pasmem, acabei conhecendo o secretário da Cultura, na cara dura e por sorte. Ando aprendendo a ser mais social e com isso só tenho a ganhar.
Tenho saudade de tudo e todos, mas me orgulho de chegar onde cheguei. Não me arrependo de nada e acho que a tendência é melhorar. Estou otimista!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ah, Páscoa deve ser em São paulo, se algum do dois doidos que me lêem ficarem por aí, a gente se encontra.

quarta-feira, março 09, 2005

DÚVIDA CRUEL

Mais uma prova de que talvez a complicação da minha seja eu mesma! Meu namorado me "liberou" numa boa para que eu vá assistir ao show do Lenny Kravitz sozinha. No Rio ou em Sampa. Mas eu não sei se vou.
No Rio, eu mataria dois coelhos com uma tacada, pois veria a delícia do Lenny com a pria de Copacabana ao fundo. Mas... Como trabalho dia do shoe e no seguinte, teria que ir e voltar de avião. Pela bagatela de R$ 300. O que para o meu bolso furado é muito mais do que posso sonhar em gastar... Mas e se eu dividisse em umas 4 vezes?
Por outro lado, tem Sampa, mais perto e mais "barato". No entanto, o show é na quinta ás 20h30 e dou aula até as 21h. O que eu faço?
Aceito sugestões.

sábado, março 05, 2005

O QUE HÁ DE ERRADO COM O MUNDO?

Sinceramente, não dá para entender. Após quatro longos anos de uma luta cruel com a balança, na qual ela vencia sempre, finalmente readquiri meu peso ideal. E sem fazer força alguma, não teve dieta milagrosa, nem série de exercícios ou remédio. Acho que voltei a ter equilíbrio e meu corpo reagiu assim.
Enfim, o fato é que estou magra. Mas parece que o mundo ainda não ficou satisfeito! Quando eu estava "porpetinha" as pessoas me repetiam sem dó: " nossa, como você engordou!". E dá-lhe laxante e dedo na garganta *(sim, fui bulímica). Obviamente a culpa do meu distúrbio alimentar não era de ninguém, mas a ditadura da beleza imposta pela sociedade influencia sim a cabeça das meninas já naturalmente perturbadas como eu. Ou seja, eu que a vida inteira tinha sido magra, engordei, fiquei em pânico por conta da gordura e quando desencanei disso tudo, voltei a ser magra.
Aplausos, parabéns, que bom? Nãoooooooooooooooooooo. Agora o novo refrão é: " Nossa, como você está magrinha!". Ninguém diz, você emgreceu, que bom. Ou, como você está bonita magra!
Graças a Deus hoje em dia fiz as pazes com o meu corpo e minha cabeça, mas os comentários alheios ainda exercem uma dose de poder na minha auto-estima, especialmente nos dias em que ela não está das mais altas...
Resumindo: Se não é para dizer " Que bonita", não diga nada. Vai ser melhor assim!
Observação: a saúde vai bem obrigada.

sexta-feira, março 04, 2005

O PRIMEIRO FILHO NASCEU

Vou tentar fugir um pouco do tema que tem sido recorrente nos meus posts: chegada da idade adulta. Vou falar do primeiro fruto do trabalho que tenho feito com tanto amor nos últimos meses. O site está no ar. www.guiaculturalribeirao.com.br
Abrir seu próprio negócio é um desafio constante. A sensação de liberdade vem acompanhada do medo de fracassar, mas vale a pena. O começo é difícil, mais ainda do que já nos haviam alertado, mas a esperança deve permanecer sempre.
Recebemos muitos elogios, o que me faz pensar que fizemos uma aposta certa, basta acreditar. Tomara que logo eu possa ser 100% autônoma e com mais tempo para criar o que realmente quero. Torçam por mim! Por nós.
Estou confiando mais em mim como profissional, acreditando mais no meu instinto, e acreditem se quiser, ficando cara-de-pau! A experiência está sendo de crescimento pessoal e principalmente profissional. Sinto-me cada dia mais preparada e já até sonho em ter uma estagiária. Hahaha. Falando nisso, meu MTB saiu. Sou oficialmente uma jornalista. Parabéns para mim!!
Mas um alerta vermelho nessa história toda: trabalhar com namorado/marido/caso ou amante é um perigo. As chances de misturar as coisas, levar trabalho para a cama e cama para o trabalho (ops, aí não seria tão ruim) são grandes. É preciso respirar fundo, ter paciência e relevar. Mas isso não combina muito com minha personalidade, portanto... Eu e Juliano estamos estudando uma maneira de amenizar a situação antes que a gente se mate.
Final de semana que vem para Rio Preto sozinha. Parece bobagem, mas não é. Estou precisando ser eu mesma por um fim de semana. Sem rótulos, só eu.

SÍNDROME DE PETER PAN

Acho que encontrei a raiz da tristeza que vem me acometendo nos últimos tempos. Cada vez que me deparo com a realidade das minhas obrigações da vida adulta, do meu cotidiano de mulher, profissional e comprometida, aciono um mecanismo de defesa para fugir. Aumento a dimensão de alguns problemas, sofrendo com pequenas coisas que, no fim das contas, não me fariam tão feliz assim.
Não quero me contentar com pouco e muito menos me adaptar a uma rotina sem graça, mas definitivamente preciso aceitar que estou mais próxima dos 30 do que dos 20, o que significa um ganho de maturidade e equilíbrio por um lado e menos aventuras por outro. Existem exceções a regra, é claro. Se eu morasse em New York, fosse solteira e jornalista famosa, teria tantos encontros e emoções como a Carrie de Sex and The City. Ou mesmo se morasse em São Paulo, também poderia ter um aumento sensível de diversão.
Mas a minha realidade é outra. E fui eu que escolhi assim. Ninguém me disse que seria fácil, mas não imaginei que o percurso fosse tão dolorido. O que preciso manter, sempre, é o espírito jovem e a alma livre. -Não há pior prisão do aquela criada por nós mesmos -E ter a coragem de mudar de idéia no meio do caminho, caso eu constate que realmente não há luz no fim do túnel. Já não temo o futuro, pois aprendi à duras penas que a felicidade é um estado de espírito, que posso cultivar em qualquer país, idade e estado civil. É minha responsabilidade e depende apenas de mim.
Chega de procurar o caminho da Terra do Nunca, o segredo é aceitar ser quem sou e viver feliz assim!