Meu Novo Cotidiano

Em eterna metamorfose, jornalista, professora de inglês e série-maníaca à procura de seu lugar no mundo. Por ora, aqui, me preparando para o maior desafio de todos: ser mãe!

domingo, junho 26, 2005

CARRO quase ROUBADO

Sábado, oito horas da manhã e lá vou eu para meu último dia de pós-graduação! Feliz, aliviada e com sono, muito sono. Quinze minutos depois de rodar os quarteirões das redondezas atrás de uma vaga , acabei estacionando num lugar qualquer e descendo esbaforida, mais uma vez cheguei atrasada!
Durante a aula o velho esquema, luta cruel e difícil contra o sono. Venci! Tento captar o máximo possível dentro da sala de aula, pois fora dela já aprendi, não consigo estudar muito. Então é tudo ou nada e as piilhas de xerox acumulando no meu armário, praticamente intactas. Um dia, amanhã, semana que vem, nas férias, vou ler tudo isso!
Acabamos de aplicar a teoria da análise de discurso em um texto e vamos sair para o almoço. Caminho tranquilamente em direção ao local onde deixei meu carro estacionado e, as usual, aperto o botãozinho do alarme: Nada. Mais uma vez. Nada. Me aproximo e nada. O carro não está ali. Meu coração suspende suas batidas por alguns segundos para depois retomá-las em compasso mais rápido. Celular: Juliano? Roubaram meu carro! Buáaaaaaaaaaaaa. Ando como uma louca de um lado para o outro enquanto meu namorado-herói não chega. Zonza, chateada, inconformada. Alguns colegas me vêem chorando, chamam mais colegas, a professora, os seguranças.
Super Juliano chega e monto no seu carro novo, uma doblô prata que lhe confere ainda mais ar de super herói. Antes de ir a polícia peço para ele dar uma volta nas redondezas just in case. Quem sabe não parei em outro lugar, né?
Dito e feito. Avisto o celtinha e fico envergonhada. Rio. Gargalhadas. Não, não fui roubada. Sou lesada, o que é bem diferente! Juliano me olha, e diz: "ótimo que o carro está aí; mas segunda-feira vou te levar ao médico!"
Nada a declarar.

sexta-feira, junho 24, 2005

ÓCIO
Quero ficar debaixo das cobertas, assistindo a um filme bem bobinho no DVD. Comer pipoca e tomar chocolate quente, mergulhando sequilhos. Abstrair.
Não quero falar de negócios. Nem ter idéias brilhantes, muito menos discutir ações. Não quero pensar nas contas, calcular os gastos, planejar a semana.
Quero ócio. Ócio puro e nada criativo.
Quero desligar meu cérebro da tomada, dar um break para o tico e o teco, relaxar, sumir. Nda de bebidas, nada de papo cbeça de bar, nada de nada. Descanso, vazio, nada!

segunda-feira, junho 20, 2005

AS DELÍCIAS DA VIDA

Estou prestes a embarcar em um dos meus programas favoritos! Ver filmes sozinha! Eu, meu sofá, meu dvd e um elenco de primeira. A sessão pipoca de hoje inclui: Olga, Um estranho no ninho e História Real. Obviamente não assistirei a todos de uma vez, mas fico animada só de pensar. Prezo cada vez mais esses momentos MEUS em que faço só que EU quero e pronto. Mesmo depois de casada e com filhos precisarei disso. Todo ser humano merece ficar só algumas horas. E eu, particularmente, adoro minha própria companhia. Me dou super bem comigo mesma.

Mais um final de semana cheio de obrigações familiares e compromissos casadouros. Depois do bate-volta da semana passada pro chá de bebê da Bia, lá vamos nós de novo para aniversário do papai e chá de cozinha da Silvinha! Uuuuuuufa! Antes dessa ida relâmpago a Rio Preto fizemos o receptivo da banda Farofa Carioca que veio tocar num show produzido por amigos. Ficamos durante toda a pré-produção, mas na hora H, a hora do show, tivemos que ir embora. De qualquer forma foi uma delícia. Esse é um nicho no qual vale a pena investir!

Estou animada com minha vida!

Fui!!!!

sexta-feira, junho 17, 2005

Frying

Mais uma noite fritando. As idéias, preocupações e medos parecem tomar maiores proporções conforme a madrugada se aproxima. E as soluções se escondem em misteriosos espaços do meu cérebro, não consigo alcançá-las! Coração acelerado, boca seca, pupila dilatada. Não, não estou drogada, estou estressada, ansiosa!
Eu, logo eu! Que nunca queimei muito fosfato por nada fora do meu mundinho. Jamais perdi um segundo da minha vida preocupada com alguma prova ou trabalho. Sempre tive um invejável poder de me desligar do mundo profissional/ estudantil assim que acabasse o horário comercial. Guess what? This is definetly over!
Ainda bem que ao acordar as coisas voltam aos seus devidos lugares eo impossível torna-se tangível novamente! Boa noite para mim!

sexta-feira, junho 10, 2005

REMINSCÊNCIAS

Meu antigo blog foi recuperado em nove e secreto endereço pelo meu eterno webmaster Raul. Hoje o reli quase todo. Sempre gostei de escrever sobre minha vida por um motivo: poder reler depois. A constatação de ter superado todos aqueles pseudo-abacaxis é algo indescritível. Além disso, o distanciamento das situações narradas possibilita enxergar a verdade nua e crua. E parece tão óbvio que é difícil crer que eu não era capaz de enxergar isso antes. Certas coisas que acreditava serem eternas eram claramente temporárias! Que bom seria ter essa sabedoria no calor dos acontecimentos! Mas quando estamos diretamente envolvidos e apaixonados por alguma coisa ou alguém, perdemos o foco.
E gostei do meu estilo, da minha metralhadora verborrágica sem maiores preocupações com estética. Escrever por prazer, para comunicar.
Percebi também que o blog era mais divertido nem tanto pela maior movimentação social, mas sim pela atenção que eu dava aos detalhes e pelas cores que eu imprimia neles. Analisando friamente estou muito mais feliz, centrada e certa do que estou fazendo da minha vida. Assumi as rédeas do meu destino, mas perdi um pouco do humor. Eu era mais divertida.
Quero voltar a escrever um blog decente. Quero recuperar meus óculos cor-de-rosa. Será que consigo?

quinta-feira, junho 09, 2005

Para ser escritor é preciso escrever...

Acabo de ler um texto recomendado por minha querida amiga Pin, Escribir es dejar de ser escritor, e constatei o óbvio: preciso começar a escrever!

É muito fácil justificar tudo com a falta de tempo. Aliás é bem mais fácil do que encarar o teclado e não gostar de nenhuma linha. A verdade é que já não sei mais se escrevo bem. Nasci com um dom e durante a infância e pré-adolescência usei cada gota. Conforme cresci, deixei-o um pouco de lado para me ocupar de coisas mais "importantes" como sexo, drogas e rock n' roll. E agora, adulta, já não estou tão segura de que ainda possuo algum talento. Sei que não escrevo mal, estou acima da média, mas não sou brilhante, genial. E precisaria ser para ter um lugar ao sol, não?

O fato é que a única coisa que tenho certeza absoluta de que poderia fazer até morrer sem me cansar é escrever. Seria fabuloso se isso se traduzisse em sucesso profissional e dinheiro. Mas para tanto tenho que começar pelo fundamental: empezar a escribir.