Meu Novo Cotidiano

Em eterna metamorfose, jornalista, professora de inglês e série-maníaca à procura de seu lugar no mundo. Por ora, aqui, me preparando para o maior desafio de todos: ser mãe!

terça-feira, agosto 31, 2004

LITERALMENTE UMA MERDA!

Essa história de procurar apartamento é muito chata. Nunca imaginei que desse tanta dor de cabeça. A verdade é que apesar de minha vida cigana nunca precisei procurar lugar pra morar e estou odiando fazê-lo agora! Me dá uma vontade imensa de gritar minha mãe e sair correndo. Apesar do Jú estar me dando a maior força, não agüento mais. Só não desisto porque também não tô agüentando esse flat.
Eu sempre gostei de pássaros, até tive um quando criança e chorei horrores quando ele morreu. Mas ultimamente ando tendo sonhos bizarros, em que extermino todos os passarinhos num raio de 4 mil quilômetros quadrados!
Além das maritacas e cia me acordarem todo dia com seu “ canto suave”, elas também gostam de me presentear com uma bela MERDA nos locais mais inusitados do meu carrinho. É uma coisa inacreditável e não estou sendo nem um pouco exagerada.
Enfim, a garota-enxaqueca atacou hoje com força total. Pra melhorar descobri que não trabalharei em dois feriados ( 7/09 e 02/11), mas irei trabalhar no 12 de outubro, que era o único que PRECISVA folgar, já que estarei voltando do carnariopreto. Uma mierda ! E meu namorado irá trabalhar nos dois feriados que estarei de folga, e vai folgar no que eu trabalho. Outra merda!
AHHHHHHHHHHHHHHHH! E não estou na tpm!!!

terça-feira, agosto 24, 2004

AMARELEI

Desisti de mudar para o Loft. Mas isto não significa que desisti de me mudar.
O que aconteceu? Bem, o medo, que era grande, ao invés de diminuir, aumentou. Só de pensar em morar lá, eu sentia uma inquietação que me incomodava e nessa situação acredito que deveria sentir-me feliz e empolgada. O fato é que o loft está localizado num local meio ermo, cercado de terrenos baldios e fica próximo de uma rodovia. O quintalzinho dá para a rua e literalmente amarelei de pensar em morar lá sozinha. Morar sozinha não é fácil, eu já tenho umas crises noturnas, preferi não arriscar. Além disso havia uma infiltração gigante na parede e o problema não tinha sido resolvido, o cara da imobiliária foi um grosso. Enfim, desisti e sem o menor peso na consciência.
Agora estou em busca de um novo espaço, um ambiente que “diga meu nome” e só mudo se for pra ser mais feliz – o que no momento é difícil, pois acho que sou a pessoa mais feliz do mundo!!!

quarta-feira, agosto 18, 2004

EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE?

Essa pergunta tem perturbado meus últimos dias.
Há um ano, quando vim para Ribeirão, antes de alugar o flat em que vivo agora, conheci um loft adorável. Novo, moderno, um sonho. Na época o valor do aluguel era impensável para mim e a distância do trabalho também colaborou para que eu desistisse do imóvel.
Enfim, o tempo passou e meu quarto/sala passou de patinho feio para cisne. Embelezei-o quanto pude e passei a adorar morar aqui. ( Embora sempre tenha sentido que meus móveis pertenciam a outro lugar).
Todo esse tempo passado, eis que minha amiga de infância Jana me diz que está de mudança para onde? Loft! E que o aluguel estava dentro de minhas possibilidades.Lá vou eu checar se era sonho ou realidade. Realidade!
Apesar de meio detonado pela última moradora, o loft é ainda tudo que quero. Apesar de mini, tem varanda e até um quintalzinho com plantas. Além de ser moderninho, com fogão, espaço para uma máquina de lavar, lavabo... E para minha surpresa terei outra vizinha amiga, a Ana Clara, ex namorada de um amigão meu que... agora é lésbica.
Tudo perfeito, então qual é a dúvida??
A dúvida é: estou morando num canto da cidade e vou para o outro, oposto. E daí? E daí que a casa do Jú é a dois minutos da minha, o que, por mais ridículo que pareça me dá um segurança. É como se eu morasse com ele, sei lá, difícil de explicar.... Estou com medo! E além disso, apesar dos defeitos, eu estava bem acostumada e feliz por aqui.Não sei se esse medo é a insegurança natural do ser humano em relação a mudanças ou se é pressentimento ou covardia pura e simples. Sei que estou sentindo-o e ainda não sei o que vou fazer, mas terei de decidir rápido.

segunda-feira, agosto 09, 2004

THE QUIETNESS IS OVER

Pois é, demorou mas a mosquinha da inquietude começou a me rondar. Estou achando que estou ganhando pouquíssimo, que o tempo está passando muito rápido e as perspectivas de melhoras ainda estão distantes, mais no plano das idéias do que no plano das ações.
Infelizmente minha vida chegou a um ponto em que o dinheiro tem papel essencial – e sem ele boa parte dos meus objetivos fica pendente! Como melhorar a situação? Como arrumar frilas morando em Ribeirão Preto?
As contas não param de crescer, especialmente a do supermercado. Acho que não tem mais escapatória, me tornei adulta!!! E estou assustada!
Neste final de semana me dividi entre Rio Preto e Ribeirão. Uma pequena amostra do que será minha vida por um bom tempo. Por aqui – num ataque descarado de vagabundagem - faltei da aula da pós e passei o resto do sábado me culpando internamente. Á noite, churrasco “welcome back” para o Jonhy que estava no Canadá. O gostoso de minha vida aqui é que temos uma turma grande de casais e sempre existe uma programação a fazer. Além disso eu e Jú gostamos de uma balada pesada e vez ou outra damos vazão aos nossos desejos.
Já em Rio Preto minha vida social esfriou bastante. Eu e minhas amigas não criamos o hábito de sairmos com os respectivos a tiracolo, talvez porque estejamos MUITO acostumadas a ficarmos só entre nós, portanto meus programas se resumem a encontros estritamente femininos. No entanto, sinto uma falta absurda de sair pra dançar, por mais podres que sejam as boates de lá, foi onde aprendi a curtir a night life! Ás vezes namorar é ceder...demais.
As aulas recomeçaram com força total. Novos grupos, novos desafios. Fui chamada pra ajudar na coordenação da Wizard, mas o que pagam é uma ofensa e estou pensando em não aceitar. Além disso, não quero criar vínculos com um lugar que não respeita muito seu corpo docente. Quero partir para novos horizontes assim que tiver oportunidade e coragem.
Este post está mais pra desabafo, mas é bom sentir os dedos dançando sobre o teclado.
Acho que me falta um pouco mais de ambição profissional, mas é difícil demais lutar contra sua própria natureza.
Surgiu no horizonte um negócio- bom- que levaria o Juliano para Rio Preto, e conseqüentemente euzinha. Mas não. Não e não. Eu não volto para Rio Preto em nenhuma circunstância. Não quero e há oito anos tenho lutado para me afastar de coisas que, se eu viver lá, farão parte da minha vida. Eu fui feita para outro mundo. Rio, São Paulo, Barcelona, Nova York. Ribeirão já foi um passo enorme, Rio Preto é demais pra mim! Sem cuspir no prato que comi, adoro minha cidade. Mas à distância ela é muito mais acolhedora. Fui!