Meu Novo Cotidiano

Em eterna metamorfose, jornalista, professora de inglês e série-maníaca à procura de seu lugar no mundo. Por ora, aqui, me preparando para o maior desafio de todos: ser mãe!

sexta-feira, abril 15, 2005

POR QUÊ?

Vim aqui para desabar. Escrever um post ácido, melancólico. Para reafirmar a saudade que sinto de mim mesma, do meu umbigo. Da época em que a única pessoa que sairia prejudicada seria eu. Dos dias em que o mundo gerava ao meu redor e eu nem sabia. Das tardes na casa da Lívia, das noites assistindo Felicity, das caminhadas pela metropóle, com ou sem destino. O Ibirapuera me esperando para relaxar. O apartamento da Tati, sempre enfumaçado e pronto para uma discussão sobre o Eu de cada um. As mil e uma promessas da noite paulistana.
Suspiros...
Estou cansada, desmotivada, entediada. Me sentindo presa numa armadilha que eu mesma armei.Com uma saudade eterna de quem eu fui. Quem sou hoje? O que sou hoje? Não me canso de perguntar e a resposta nunca me satisfaz. Qual é o meu papel no mundo? Não vim aqui para casar, ter filhos e cuidar da família. Eu esperava mais de mim!
As ruas de Ribeirão ainda não me dizem nada. A luz no fim do túnel profissional parece ter se apagado novamente. E não há nada pior do que perder a esperança. Quero sentir frio na barriga, arrepio na espinha, mãos geladas, coração na garganta. Quero sentir!
A cada dois passos para frente, um para trás. Até quando vou seguir nesse (des)compasso? Será que errei em apostar tanto em um sonho, que talvez, não fosse meu? Será que me perdi no meio do caminho? Será que ainda sei para onde estou indo? E o mais importante, por quê?

quarta-feira, abril 06, 2005

CARNABEIRÃO

Entra ano, sai ano e eu no caminho inverso. Ao invés de começar a querer sossegar o facho e deixar de ir em micaretas e coisas do gênero, eu começo a apreciar cada vez mais chacoalhar o esqueleto atrás de um trio elétrico!!! Vai entender esse ser humano!
A festa começou mais cedo esse ano, na sexta-feira, na casa de Lívia Leão com Ana Paula e Alexandre. A festa merece capítulo à parte, com tudo do bom e do melhor e a alta classe ribeirão-pretana. Mas o engraçado foi o meu pânico na hora da lista, eu tinha certeza que não estava nela! Mas, ufa, estava sim. Fabiana Marques e namorado, hahahaha.
Depois de boas doses de batidinhas de kiwi, seguimos para o Carna, para ver o Asa de Águia de camorote, literalmente. O show foi menos animado do que o esperado, mas deu para divertir.
Sábadão eu eu na pós, pescando e quase desistindo de fingir que estava presente na aula. Muito sono! Depois, Carnabeirão e dá-lhe vodcka!!!!! Chiclete deu show, muito animado. Eu definitivamente não fui feita para camorotes, mas ele tem suas vantagens. A gente enxerga tuuudo, paramos uma briga de tanto gritar e apontar para o cantor, vemos as bandas bem de pertinho... Mas a emoção de estar lá embaixo, na bagunça, não tem preço! Nesse dia só uma coisa estragou um pouco minha festa. Uma velha, de uns 55 anos, corpinho de 48 e cara de 62, ficou me atormentando! Paquerando o Juliano na cara dura, perguntando nome, um bafo. E eu, bêbada, quase perdi a linha o carretel e a agulha. Mas segurei as pontas como pude e mantive a classe ( ahã). Fui embora breaquinha, falando tá jóiaaaaaaaa para todo mundo que encontrava pelo caminho.
Domingo foi o melhor dia. Tive saudade de todo mundo, gastei um milhão de dólares com mensagens e telefonemas interurbanos para minha casa e babei moitooooooooo na Ivete. Que mulher fenomenal! Puta merda, a filha da mãe não tem UMA celulite, é linda de morrer mesmo. Pulei que nem uma louca por horas, fiz toda a academia do mês e fui embora feliz da vida por um fim de semana show de bola.