Rio de Janeiro
Nos últimos dias tenho me sentido “riosick”. Saudade do Rio de Janeiro.
Sei lá eu porque, mas aquela cidade me cativou de tal forma que se passo muito tempo longe já começo a sentir esse friozinho na barriga toda vez que vejo um pedacinho dela na tevê.
E se permito analisar com franqueza, sinto um certo desapontamento comigo mesma por não ter batalhado como deveria para permanecer naquele lugar. Mas se eu tivesse ficado por lá não teria conhecido o Juliano, não estaria aqui em Ribeirão...
A vida é feita de escolhas. Estamos sempre optando por uma coisa em detrimento de outra. Quando me apaixonei pelo Juliano e decidimos que ficaríamos juntos, automaticamente abri mão do meu sonho de viver no Rio. Embora eu tivesse passado o ano anterior inteiro descobrindo que nasci para morar perto de Ipanema.
Nunca me senti tão em casa e tão cheia de esperança quanto naquele calçadão. Ainda que algumas vezes eu tivesse lágrimas escorrendo pelo rosto e o coração pequenino, ao olhar para o mar ou passar pela Baía de Guanabara – mesmo que fosse de ônibus- uma felicidade instantânea tomava conta de mim.
Mas quando tive a chance ali nas minhas mãos, ao invés de agarrá-la com todas as forças, deixei escorregar pelos dedos. Estava ocupada demais sentindo pena de mim mesma e tentando entender a razão do pé na bunda mais doloroso que tomei em toda vida.
Enfim, o que começou com uma aventura, se tornou uma paixão, daquelas que duram a vida toda e nos fazem suspirar. Pois é, o Rio de Janeiro é uma de minhas paixões e estou precisando dela.