Meu Novo Cotidiano

Em eterna metamorfose, jornalista, professora de inglês e série-maníaca à procura de seu lugar no mundo. Por ora, aqui, me preparando para o maior desafio de todos: ser mãe!

domingo, outubro 24, 2004

Às vezes sinto tanta saudade de mim. Da minha independência, do meu despreendimento das coisas que não me serviam, da minha coragem de correr sempre atrás daquilo que eu realmente quis. Da minha despreocupação com o que a sociedade e os outros pensavam de mim. Saudade de quando o futuro não era tão importante e o presente era vivido até a última gota e suas horas pareciam ter o dobro de duração, só para que eu pudesse aproveitar melhor cada segundo.
Os conflitos internos eram tão profundos quanto fugazes e se dissipavam ao passar da primeira brisa. O mal humor me vencia sempre, mas a esperança era maior que o medo. Saudade dos meus sonhos, das infinitas possibilidades à minha frente e do idealismo bobo que me fazia pensar que mudaria o mundo.
Onde estou? Por que às vezes me sinto presa mesmo quando não há algemas?

terça-feira, outubro 19, 2004

OPS

Sexta-feira, 15 de outubro, sete horas da noite.
Hora de happy hour com as amigas da Wizard. Caipirinhas pra lá, ceva pra cá e quando vi eu já tinha perdido um pouco da noção e estava batendo papos íntimos demais para a audiência. De repente, é hora de ir embora. E eu levo isso a sério. Pego meu super celta e vou voando pelas ruas e avenidas de Ribeirão. Som no último volume, literalmente, cantando alguma música que eu não lembro mas que naquela hora era tudo que eu precisava ouvir. Chego em casa, entro na garagem no mesmo clima e...

CRASH!!

Bati meu carrinho no pilar. Deu uma boa estragada que custará cerca de 300 reias ao meu bolsinho. Morla da história: Se beber não dirja, se dirigir não beba.

quinta-feira, outubro 14, 2004

CUIDADO COM O QUE VC PEDE, DEUS PODE OUVIR E TE ATENDER

Semana difícil, tortuosa, mas acredito que terá final feliz. Na quinta-feira faleceu o tio mais querido do meu namorado. Uma tristeza gigantesca contagiou o ambiente e depois de velar e enterrar, fomos para a celebração da vida: Carnariopreto.

Claro que as coisas não saíram como eu gostaria. Meu namorado era o ser mais desanimado do planeta e eu com minha santa paciência não aguentei. Junte isso a boas doses de vodcka com refrigerante e o resultado somos nós dois numa briga daquelas. Dias atrás eu refletia sobre a tranquilidade excessiva da minha vida, querendo mais emoção. Acho que pensei alto demais...

Depois de tudo "resolvido", fomos passar o restante do feriado na fazenda da Tati. Muito gostoso, mas as emoções começaram cedo. À noite foi a revolta das aleluias, nunca vi tanto bicho voando e grudando no meu cabelo. No dia seguinte bem cedinho fomos andar à cavalo. A amazona aqui pegou uma égua, a única, e durante o passeio encontramos dois jovens cavalos LOUCOS para conhecer " melhor" minha éguinha. Resumo da ópera, tive que galopando e morta de medo dos cavalos me derubarem, tamanha fúria sexual.

Então fomos relaxar no rio. Eu preferia ter ficado na piscina mesmo, mas todo mundo foi, fui fazer meu papel de amante da natureza. Após uns 40 minutos de passeio de barco, eis que acaba a gasolina. No meio do nada. Ficamos cerca de duas horas remando em círculos, sem conseguir sair do lugar. Até que um bondoso pescador nos resgatou. Ufa!!! Mais emoção? Só no ano que vem!

Fui.