Amadurecimento
Uma das melhores coisas de envelhecer ( e talvez a única boa, pensando bem) é poder observar o nosso próprio amadurecimento. A forma mais centrada com que lidamos com as mesmas questões de sempre, a rapidez em se desvencilhar de problemas e por aí vai.
Cá estou eu. Numa situação que já estive muitas e muitas vezes, perdida profissionalmente. E ao invés de mergulhar num mar de angústia, comer dois quilos de chocolate por dia ( agora só algumas gramas resolvem), perder noites de sono, eu simplesmente... vivo!
Na certeza de que o melhor ainda está por vir e que me descabelar agora não vai adiantar em nada, sei que que a coisa mais inteligente a ser feita é esperar os resultados das minhas apostas com paciência. Ah, a paciência, essa entidade bendita que se recusa a entrar na minha vida...
Eu hoje aceito o fato de que minha vida profissional não é a minha prioridade. Nunca foi, e quiçá, nunca será. Para mim o que importa é ser feliz, mesmo que isso signifique renunciar algumas coisas. No meu dicionário trabalhar significa ganhar meu dinheiro, que é o passaporte para minha independência e a realização dos meus desejos. Eu infelizmente não conheço o prazer que muitos tem de acordar e pensar: estou indo fazer o que mais amo na vida. Eu admiro e de certa forma invejo quem consegue encontrar uma profissão que dê tamanha satisfação. Essa realização eu realmente não conheço. E vira mexe, sinto falta.
Mas não perco a esperança. Eu acho que nasci para escrever e viver disso. Espero um dia conseguir. Enquanto isso, vou vivendo, feliz da vida!