SÍNDROME DE PETER PAN
Acho que encontrei a raiz da tristeza que vem me acometendo nos últimos tempos. Cada vez que me deparo com a realidade das minhas obrigações da vida adulta, do meu cotidiano de mulher, profissional e comprometida, aciono um mecanismo de defesa para fugir. Aumento a dimensão de alguns problemas, sofrendo com pequenas coisas que, no fim das contas, não me fariam tão feliz assim.
Não quero me contentar com pouco e muito menos me adaptar a uma rotina sem graça, mas definitivamente preciso aceitar que estou mais próxima dos 30 do que dos 20, o que significa um ganho de maturidade e equilíbrio por um lado e menos aventuras por outro. Existem exceções a regra, é claro. Se eu morasse em New York, fosse solteira e jornalista famosa, teria tantos encontros e emoções como a Carrie de Sex and The City. Ou mesmo se morasse em São Paulo, também poderia ter um aumento sensível de diversão.
Mas a minha realidade é outra. E fui eu que escolhi assim. Ninguém me disse que seria fácil, mas não imaginei que o percurso fosse tão dolorido. O que preciso manter, sempre, é o espírito jovem e a alma livre. -Não há pior prisão do aquela criada por nós mesmos -E ter a coragem de mudar de idéia no meio do caminho, caso eu constate que realmente não há luz no fim do túnel. Já não temo o futuro, pois aprendi à duras penas que a felicidade é um estado de espírito, que posso cultivar em qualquer país, idade e estado civil. É minha responsabilidade e depende apenas de mim.
Chega de procurar o caminho da Terra do Nunca, o segredo é aceitar ser quem sou e viver feliz assim!
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home